A chuva torrencial nos ensopara completamente. A sua camiseta grudara em seu peito.
Seu cabelo molhado estava agora em um tom escuro, soltando pingos e escorrendo pelo seu rosto branco e bem desenhado.
O seu maxilar estava rígido e seus dentes trincados. Pude ver a dor que ele estava sentindo. Ou pior, pude sentir a dor dele. Ele cerrou os punhos e tentou buscar uma lufada de ar para poder dizer apenas uma palavra. A palavra que exige mais do que qualquer outra pra ser dita.
— Adeus.
A voz rouca pronunciou.
Dor.
Desespero.
Balbuciei vários "não" consecutivos. Meu coração ardia de aflição. Tentei me mover, segurar a mão dele e suplicar pra que ele permanecesse. Pra que ele não fosse embora. Nunca. Dentro de mim algo se debatia, mas por fora, eu estava petrificada.
Por um momento pensei que tivesse desabado no chão, que as forças que me restavam não eram suficientes pra me deixar em pé.
A chuva pareceu ter ficado pior e agora minha visão estava ligeiramente turva, mas ainda conseguia vê-lo.
A questão é: Até quando?
Já conseguia sentir a própria solidão se alastrar pelo meu corpo, mesmo ele ainda estando aqui na minha frente. É como se ele tivesse ido, mas não. Ele não fora ainda.
A água da chuva que escorria pela minha face se misturou com minhas lágrimas, que não tinham horário de cessar. Elas pretendiam me acompanhar a noite. No outro dia. Até não ter mais líquido pra vazar.
Susto.
A sua mão gélida toca em meu rosto e seu polegar enxuga as lágrimas que estavam lá. Ele percebera que não era só as gotas da chuvas que estavam ali.
Fechei os olhos com força enquanto sentia o seu toque, causando calafrios.
— Por favor...
Minha voz saiu rasgada e baixa, mas mesmo com o barulho da chuva forte, ele conseguira me ouvir. Porque agora, olhando bem para o seu rosto, haviam lágrimas ali também. Pude reconhece-las.
A mão dele passou do meu rosto para minha nuca, trazendo meu rosto para perto.
Um beijo. Rápido. Gelado. E doloroso, muito doloroso.
Ele se afastou devagar e me fitou. Seu peito arfava e apesar de estarmos parados faz alguns minutos, ele estava ofegante como um maratonista na linha de chegada.
Virou-se e saiu andando. Fiquei encarando suas costas exarcadas se distanciando, onde cada passo era um rasgo no peito.
E pude sentir a dor de um último beijo, do último momento. Aquele que parece ser uma eternidade, mas na verdade, foram poucos minutos. O momento que você pode descrever tudo detalhadamente como uma história, mas não se passou de um curto instante. É incrivelmente ruim não conseguir esquecer desse tipo de instante.
Escrito por mim, Luana T.
Ai que triste :-(
ResponderExcluirBeijos
Jeans-Apertado.blogspot.com
AHUEHEUHUA vdd ;/
ExcluirBem tristinho o texto :(
ResponderExcluirmeus-pensamentos.com
É :( eu estava lendo exatamente uma parte triste de um livro, daí fiz esse texto. Vou postar textos alegres depois \o/
Excluirbeijos =*
Realmente o texto é bem triste !!
ResponderExcluirPorem bem elaborado parabéns!
Beijos
http://fashionlookdesign.blogspot.com.br/
kkk Obrigada fofa ;))
ExcluirObrigada por me seguir também *-*
ResponderExcluirTenho face sim e já coloquei pra participar do grupo.
beijoss
Puxa! Você escreve textos muito bem! Que inspiração!!
ResponderExcluirAmei o seu blog e o texto também;
o seu layout também está perfeito!
Com certeza vou seguir seu blog!
Beijos
Blog da Carol <-- Só clicar
Carol, muuuuuito obrigada *-* Seu blog é lindíssimo tb!
ExcluirValeu por seguir.
beijoos fofa ;*
Não precisa agradecer!
ResponderExcluirO Seu blog é perfeito!
Beijoooos
*OOOOOOO* fico feliz que tenha gostado, mesmo!
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