Uma fresta de luz atravessa minha janela acordando-me de um sonho que me fazia sorrir. Meus olhos se abrem lentamente para a manhã luminosa, respiro fundo e sinto o meu peito se encher de ar quente. Abro a cortina e permito a passagem de toda a luz em meu quarto. Encarando o sol com os olhos semicerrados, penso no dia em que acordarei tão radiante quanto ele.
Após me arrumar adequadamente para passar o dia sozinha, desço as escadas
segurando “O diário de Anne Frank” e rumo até a varanda.
Encaro a cadeira de balanço, o lugar onde eu sempre lia meus livros. Encaro os arredores da fazenda, está tudo tão diferente da última vez em que estive aqui.
A relva da fazenda está em um tom de verde nunca visto antes, as árvores mais coloridas, os animais saíram dos seus abrigos, agora pastam e passeiam livremente. “Para qualquer pessoa que se sinta só ou infeliz, ou que esteja preocupada, o melhor remédio é sair para o ar livre, ir para qualquer parte, onde possa estar só com o céu e com a natureza, e com Deus. Então compreende que tudo é como deve ser e que Deus quer ver os homens felizes no meio da natureza, simples e bela”. Caminho até uma árvore, alta e frutuosa, e sento encostada em seu tronco. Abro as páginas do Diário e retomo a leitura cessada na noite anterior.
“Enquanto puderes erguer os olhos para o céu, sem medo, saberás que tens o coração puro, e isto significa felicidade”.
O céu azul-piscina, com suas nuvens errantes brincam de mudar de forma. Sereia. Urso. Gavião.
“Creio que a natureza alivia os sofrimentos.” Sentia falta dessa paz. “Meu conselho é: Saia. vá para o campo, aproveite o sol e tudo que a natureza tem para oferecer. Saia e tente recapturar a felicidade que há dentro de você; pense na beleza que há em você e em tudo ao seu redor, e seja feliz."
É um bom conselho, Anne.
Fito a casinha da árvore que fica próximo do pequeno lago. Lembranças me atingem feito rajadas. Duas crianças costumavam brincar lá, chamavam de segundo lar. As paredes eram rabiscadas com palavras e desenhos, traçados com amor. Lá eram guardadas todas as coisas consideradas espetaculares, achadas pelos arredores da fazenda. Eles adoravam explorar.
A floresta que circundava a fazenda era perfeita para as suas aventuras, passeavam e colhiam tudo que lhes intrigavam. Tudo que as crianças faziam eram juntas, nunca separadas. Um precisava do outro. Ele tinha a astucia de um verdadeiro explorador, ela tinha a sabedoria para agir com prudência. Um era o complemento do outro.
O tempo passava despercebido, eles cresciam despercebidos. A forma de enxergar o mundo era indiferente, porém eles já não enxergavam um ao outro da mesma maneira. A cada novo dia, ela percebia mudanças na aparência do garoto. Pensava a menina que ele nunca poderia ficar mais bonito do que já é. Ela estava terrivelmente enganada.
As horas insistiam em passar depressa enquanto estavam juntos, o menino falava o quanto gostava dos cavalos da fazenda. Um dia o pai dele os colocou em um manso cavalo marrom, o garoto pediu para que ela envolvesse seus braços em sua cintura para não cair. Foi a primeira vez que ela sentiu-se estranha ao toca-lo, sentiu-se segura também.
Quando a garota completou 13 anos, uma noticia a desmoronou. Ao ver as malas arrumadas, suas coisas empacotadas em caixas de papelão velho, percebeu o que estava por vir. Deixaria tudo pra trás. Ela sentia-se vazia, oca. O garoto apenas observava de longe, impassível. No carro, ela pode observar a fazenda pela última vez, lágrimas escorriam pelo seu rosto. Seus olhos avistaram o menino que estava vendo-a partir, encostado na porta do estábulo. Sua franja bagunçada revelava seus olhos marejados, uma única lágrima percorreu pela sua face, mas ele não a limpou disfarçadamente como sempre fazia quando chorava, apenas deixou que escorresse.
“Recordações valem mais do que vestidos.”. Afasto o passado da cabeça e retorno a leitura.
– “Quem é vivo sempre aparece”.
Finalmente. A voz aveludada que eu tanto esperei ouvir, facilmente reconhecível, mesmo depois de tantos anos sem escutá-la... Eu a reconheceria em qualquer lugar, situação ou circunstância. “Para amar alguém, a primeira condição é poder admirar - admirar e respeitar”.
Olho para cima já sabendo da beleza que inundará o meu campo de visão.
Como eu disse, lá estava ele, apoiando a mão no tronco da árvore me fitando com seus olhos cor de mel. Seu cabelo preto cobrindo um dos olhos, o velho chapéu de cowboy, a mesma camisa flanelada e aquele meio sorriso torto escondendo os dentes, revelando a covinha minúscula porém perceptível aos meus olhos.
– É bom estar de volta – Sorri, fechando o livro e colocando-o na grama ao meu lado.
Encaro a cadeira de balanço, o lugar onde eu sempre lia meus livros. Encaro os arredores da fazenda, está tudo tão diferente da última vez em que estive aqui.
A relva da fazenda está em um tom de verde nunca visto antes, as árvores mais coloridas, os animais saíram dos seus abrigos, agora pastam e passeiam livremente. “Para qualquer pessoa que se sinta só ou infeliz, ou que esteja preocupada, o melhor remédio é sair para o ar livre, ir para qualquer parte, onde possa estar só com o céu e com a natureza, e com Deus. Então compreende que tudo é como deve ser e que Deus quer ver os homens felizes no meio da natureza, simples e bela”. Caminho até uma árvore, alta e frutuosa, e sento encostada em seu tronco. Abro as páginas do Diário e retomo a leitura cessada na noite anterior.
“Enquanto puderes erguer os olhos para o céu, sem medo, saberás que tens o coração puro, e isto significa felicidade”.
O céu azul-piscina, com suas nuvens errantes brincam de mudar de forma. Sereia. Urso. Gavião.
“Creio que a natureza alivia os sofrimentos.” Sentia falta dessa paz. “Meu conselho é: Saia. vá para o campo, aproveite o sol e tudo que a natureza tem para oferecer. Saia e tente recapturar a felicidade que há dentro de você; pense na beleza que há em você e em tudo ao seu redor, e seja feliz."
É um bom conselho, Anne.
Fito a casinha da árvore que fica próximo do pequeno lago. Lembranças me atingem feito rajadas. Duas crianças costumavam brincar lá, chamavam de segundo lar. As paredes eram rabiscadas com palavras e desenhos, traçados com amor. Lá eram guardadas todas as coisas consideradas espetaculares, achadas pelos arredores da fazenda. Eles adoravam explorar.
A floresta que circundava a fazenda era perfeita para as suas aventuras, passeavam e colhiam tudo que lhes intrigavam. Tudo que as crianças faziam eram juntas, nunca separadas. Um precisava do outro. Ele tinha a astucia de um verdadeiro explorador, ela tinha a sabedoria para agir com prudência. Um era o complemento do outro.
O tempo passava despercebido, eles cresciam despercebidos. A forma de enxergar o mundo era indiferente, porém eles já não enxergavam um ao outro da mesma maneira. A cada novo dia, ela percebia mudanças na aparência do garoto. Pensava a menina que ele nunca poderia ficar mais bonito do que já é. Ela estava terrivelmente enganada.
As horas insistiam em passar depressa enquanto estavam juntos, o menino falava o quanto gostava dos cavalos da fazenda. Um dia o pai dele os colocou em um manso cavalo marrom, o garoto pediu para que ela envolvesse seus braços em sua cintura para não cair. Foi a primeira vez que ela sentiu-se estranha ao toca-lo, sentiu-se segura também.
Quando a garota completou 13 anos, uma noticia a desmoronou. Ao ver as malas arrumadas, suas coisas empacotadas em caixas de papelão velho, percebeu o que estava por vir. Deixaria tudo pra trás. Ela sentia-se vazia, oca. O garoto apenas observava de longe, impassível. No carro, ela pode observar a fazenda pela última vez, lágrimas escorriam pelo seu rosto. Seus olhos avistaram o menino que estava vendo-a partir, encostado na porta do estábulo. Sua franja bagunçada revelava seus olhos marejados, uma única lágrima percorreu pela sua face, mas ele não a limpou disfarçadamente como sempre fazia quando chorava, apenas deixou que escorresse.
“Recordações valem mais do que vestidos.”. Afasto o passado da cabeça e retorno a leitura.
– “Quem é vivo sempre aparece”.
Finalmente. A voz aveludada que eu tanto esperei ouvir, facilmente reconhecível, mesmo depois de tantos anos sem escutá-la... Eu a reconheceria em qualquer lugar, situação ou circunstância. “Para amar alguém, a primeira condição é poder admirar - admirar e respeitar”.
Olho para cima já sabendo da beleza que inundará o meu campo de visão.
Como eu disse, lá estava ele, apoiando a mão no tronco da árvore me fitando com seus olhos cor de mel. Seu cabelo preto cobrindo um dos olhos, o velho chapéu de cowboy, a mesma camisa flanelada e aquele meio sorriso torto escondendo os dentes, revelando a covinha minúscula porém perceptível aos meus olhos.
– É bom estar de volta – Sorri, fechando o livro e colocando-o na grama ao meu lado.
Tô adoraando, Tetê!
ResponderExcluirNo comecinho cheguei até a sentir a calmaria da personagem kkk Muito bom! Quando tem mais?
Beijos e abraços :)
Pô.. valeu mesmo, significa muito pra mim! Vou ficar postando sempre que criar um novo conto. Eu demorei quase um dia pra fazer esse aí kk Não quero mais parar de escrever! \o/
ExcluirPS:Vc esqueceu de assinar no final... Quem é? ><
Beijos
Isso mesmoo, não pare! Você é muuito boa!
ResponderExcluirContinuarei por aqui te acompanhando :)
Não, eu não esqueci kk Deixa pra lá quem eu sou ^^
Beijos
Putz, quero muito saber quem é kkkk Mas tudo bem, fico grata pelo elogio *-*
ExcluirBeijos
Muito booom!! Foi tu que escreveu?? Tá muito bom mesmo, parabéns!!!
ResponderExcluirBeijoos
http://estrela-minha.blogspot.com.br/
Owww Jé, obrigadão pelo elogio e pela visita *-------* Eu que escrevi sim kkkkk
ExcluirBeijão!
Muito grande, nem li. kkk brincadeira. Eu li a metade. Mas acabei descendo pra comentar logo.. vou voltar pra ler o restante.
ResponderExcluirTu desceu pra comentar, acabou não comentando nada. Vai ler logo, preguiçosa! >=(
ExcluirOoooow, ameei! *-*
ResponderExcluirQuero outro agora u.u kkkkk
KKKKKKKKKKK rindo muito com Maria Clara e tu x)
owwwn luuu, obrigaada *------* vou escrever outro, preciso de inspiração kkkkkkkkkkkkkkkkk maria clara é abestalhada u_u
Excluirbeijooss
Serás uma grande escritora
ResponderExcluirEscritora???? Acho que eu não chego nem perto disso :/ mas pô, obrigada. Isso foi um GRANDE elogio! Só não devia ter sido em anônimo :(
ExcluirBeijoos
Adorei o conto. Sabe, me senti muito bem quando estava lendo ele. O conto ficou muito legal, parabéns. Faça mais. Gostei do blog, já estou seguindo.
ResponderExcluirBeijos da Laura, dona do blog Simples Assim.
Caramba, fico muito grata com o elogio. Feliz demais em saber que eu consigo fazer as pessoas se sentirem bem lendo o que eu escrevo. Isso é muito bom! Vou fazer mais sim ;)
ExcluirBeijos Laura e obrigada por me seguir <3
Mulheer tu escreve muito *-*
ResponderExcluireu adorei, parabéns
amei o blog e já estou seguindo, se puder segue de volta?
http://cottonnccandy.blogspot.com.br/
beijoo
Muito obrigada, linda *-* De verdade.
ExcluirSeu blog é lindooo, estou seguindo de volta.
Beijos!
Muito interessante, gostei muito do seu blog é mt lindo!
ResponderExcluirtuestremeendodeus.blogspot.com
Obrigada lindonaaa! Seu blog é muito lindo também.
ExcluirValeu pela visita ;)
Nossa, que lindo! Você escreve muito bem. Eu também amo contos e achei super linda a narrativa. beijos e sucesso aqui no seu blog!
ResponderExcluirPeall
www.bigbrigadeiro.blogspot.com.br
Owwwn, fico muitíssimo grata pelo elogio! Bom saber que as pessoas estão gostando do que escrevo.
ExcluirDesejo sucesso pro seu blog também, gostei muito dele!
Beijos :*
Gatona, amo suas historias! Te marquei em uma TAG lá no meu blog! Visite e veja! http://mygirlyandbooks.blogspot.com.br/
ResponderExcluirCarambaaaa, muito obrigada! Fiquei muito feliz em saber, de verdade :') }
ExcluirSeu blog é muito show! Já visitei e tô seguindo.
Beijooos
Adorei demais o conto, você escreve muito bem viu, poderia escrever mais contos ♥ e adorei o seu blog, muito lindinho aqui >.<
ResponderExcluirBeijinhos
Facebook do blog
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conversando-com-a-lua.blogspot.com.br
Putz, fico muito grata com o elogio! Obrigada pela visita, também adorei seu blog <3
ExcluirBeijos lindona!
Linda !!
ResponderExcluirTem um selinho pra você lá no meu Blog !!
http://onedaybyfer.blogspot.com.br/2013/07/meu-primeiro-selinho.html
beijo
Ownnn, muuuuuuuuuito obrigada pela marcação, sério! *--------------*
ExcluirGente que top.
ResponderExcluirAMEI <3
Beijos.
garotamodamh.blogspot.com
Own, valeeeu <3
ExcluirAdorei!! Você escreve mt bem e o lay daqui é lindo <3
ResponderExcluirAdolecentro
Obrigada Suzana *----*
ExcluirQue lindo! Você daria uma ótima escritora, voc~e escreve super bem
ResponderExcluirBeijinhúhs
PAA - visite pelo perfil
Nossa, muuuuuito grata pelo elogio linda! De verdade.
ExcluirBeijoos
Parabéns, você escrever super bem! Gostei muito da história<3..
ResponderExcluiraaaaaaai amei , quero mais :3 kkkkkkkk
ResponderExcluirhttp://euamotutoriais.blogspot.com.br/
Uau! Vc escreve super bem!
ResponderExcluirAdorei está frase: "O tempo passava despercebido, eles cresciam despercebidos. A forma de enxergar o mundo era indiferente, porém eles já não enxergavam um ao outro da mesma maneira."
Adorei o seu conto, muito bom!
Beijão!
www.bloganacronico.blogspot.com.br
Adorei! E amei seu blog também <3
ResponderExcluirthe-insanegirl.blogspot.com.br